WEG: De Uma Oficina Catarinense a Gigante Global

Um Começo Simples, Uma Visão Gigante No interior de Santa Catarina, na pequena Jaraguá do Sul, três homens ousaram sonhar grande.Em 1961, Werner Ricardo Voigt (eletricista), Egon João da Silva (executivo) e Geraldo Werninghaus (mecânico) juntaram seus talentos e um capital modesto de 3.600 cruzeiros — o suficiente para comprar três fuscas — e fundaram o que viria a ser a WEG. O início foi simples: montavam motores reaproveitando peças antigas e vendiam de porta em porta, carregando os produtos na garupa de uma bicicleta. Mas por trás da simplicidade, havia algo muito maior: uma visão de futuro que logo transformaria a oficina em uma referência. . A Educação Que Moveu Uma Cidade Ao crescer, a WEG se deparou com um desafio: falta de mão de obra qualificada.Enquanto muitos buscariam trabalhadores de fora, a WEG fez diferente — criou o seu próprio centro de formação técnica.Nascia o Centro WEG, uma escola para jovens da região que formava novos técnicos e ajudava Jaraguá a crescer junto com a empresa. Essa iniciativa não apenas resolveu o problema de qualificação, mas fortaleceu os laços entre a empresa e a comunidade.A visão era clara: para crescer de verdade, era preciso investir primeiro nas pessoas. . Expansão Sem Fronteiras Na década de 1970, a WEG já exportava para países da América Latina como Guatemala, Paraguai e Equador.Mas o grande salto veio em 1971, quando a empresa abriu seu capital na Bolsa de Valores — tornando-se a famosa WEG3. O crescimento foi estratégico: . Inovação no DNA da Empresa Desde o início, a WEG entendeu que sobreviver no mercado não era suficiente — era preciso inovar constantemente.A empresa investe, em média, 3% a 5% da receita líquida em pesquisa e desenvolvimento.Esses investimentos renderam frutos: cerca de 59% da receita atual vem de produtos lançados nos últimos cinco anos. Além de motores e transformadores, a WEG é referência em: . De Olho No Futuro A WEG também aposta forte na Indústria 4.0 e na transição energética.Enquanto muitas empresas ainda ensaiam seus primeiros passos, a WEG já investe em mobilidade elétrica, energia renovável e soluções inteligentes para a indústria. Com programas governamentais como o Nova Indústria Brasil, que promete investimentos bilionários em inovação e sustentabilidade, a WEG está estrategicamente posicionada para ser líder nas próximas décadas. . O que a história da WEG nos ensina A WEG não é apenas uma multinacional de sucesso — ela é a prova de que visão, coragem e consistência transformam realidades. Entre tantas lições que sua trajetória deixa, algumas merecem destaque: ✅ Visão de longo prazoOs fundadores não pensavam só em motores, mas em construir algo duradouro. ✅ Começar com o que se temUma bicicleta e peças usadas. O segredo nunca foi esperar o ideal — foi agir. ✅ Invista primeiro nas pessoasAntes de buscar expansão, eles formaram gente. Construíram uma escola técnica quando quase ninguém via valor nisso. ✅ Reinvista sempre no negócioO crescimento veio com paciência, reinvestimento e inovação constante. ✅ Adaptar-se é essencialEm 60 anos, a WEG mudou, se reinventou e continuou crescendo. Quem para no tempo, fica para trás.
De Boia-Fria à Fundadora da Sodiê: A Receita de Sucesso de Cleusa Maria

A história da Cleusa é um lembrete poderoso: ninguém começa grande, mas quem acredita, trabalha duro e age com inteligência pode ir longe. A história da Cleusa Maria da Silva parece roteiro de filme — mas é real, brasileira e cheia de lições valiosas. Filha de lavradores, ela começou a trabalhar como boia-fria aos 10 anos de idade para ajudar em casa. Enfrentou uma juventude dura, sem muitos estudos, e passou por empregos como empregada doméstica e atendente em lanchonete. Tudo sempre com o mesmo propósito: sustentar os filhos, Sofia e Diego. Como tudo começou? Já adulta, Cleusa foi chamada para ajudar uma amiga que estava vendendo uma pequena doceria falida no interior de São Paulo. Mesmo sem saber fazer bolos, mesmo sem formação técnica, ela acreditou que poderia dar certo. Comprou a loja parcelando o valor em 10 vezes, com muito esforço e coragem. Sem experiência, mas com muita vontade, ela começou a fazer os bolos sozinha — inclusive queimando muitos nas primeiras tentativas. Aprendeu errando, perguntando, testando. Aos poucos, o sabor e o cuidado começaram a chamar atenção. Ela também teve um olhar estratégico: ao invés de focar só nos bolos decorados e caros, começou a oferecer fatias e bolos por quilo, tornando a marca acessível para quem queria um doce simples e gostoso no dia a dia. A origem do nome “Sodiê” O nome “Sodiê” é a junção dos nomes dos filhos: Sofia e Diego — a motivação da Cleusa para não desistir, mesmo nos piores dias. Hoje, esse nome virou sinônimo de sucesso no mercado de confeitaria. De uma loja para mais de 350 unidades Com o passar dos anos, Cleusa foi aperfeiçoando receitas, criou um modelo de franquias e expandiu pelo Brasil.Hoje, a Sodiê Doces tem mais de 350 lojas, ultrapassa R$ 500 milhões de faturamento por ano e é a maior franquia de bolos do país. Mas nada disso seria possível se Cleusa tivesse acreditado que lugar de mulher pobre e sem diploma era longe do empreendedorismo. Ela transformou não só a própria vida, mas também a da família, dos franqueados, dos funcionários e de milhares de mulheres que se inspiram nela todos os dias. O Que Explica O Sucesso Da Sodiê? A fórmula é mais simples do que parece: ✅ Produtos de qualidade, com sabores que respeitam a tradição e o paladar brasileiro. ✅ Preço acessível: a Sodiê popularizou o conceito de bolo de festa de qualidade para o dia a dia. ✅ Modelo de franquia bem estruturado: treinamento rígido, controle de qualidade e suporte real aos franqueados. ✅ Atenção aos detalhes: Cleusa manteve o cuidado com cada etapa da produção e sempre colocou o cliente no centro. O Legado De Cleusa Vai Além Dos Bolos Cleusa nunca esqueceu de onde veio. Parte da equipe da Sodiê é composta por pessoas com deficiência, promovendo inclusão e oportunidades.Ela também apoia iniciativas sociais, projetos de formação profissional e ações de combate à fome. Seu maior orgulho?Ter tirado a mãe do trabalho de boia-fria e garantir que os filhos — Sofia e Diego — tivessem oportunidades que ela mesma nunca teve. Hoje, Diego atua ao lado dela na gestão da rede, enquanto Sofia, com síndrome de Down, é motivo constante de inspiração e força na sua vida. Lições De Quem Começou Com Apenas Uma Batedeira ✅ Ninguém precisa começar grande — mas é preciso começar. ✅ A educação formal é importante, mas a determinação e a disposição para aprender todos os dias fazem ainda mais diferença. ✅ Fracassos fazem parte do caminho — o importante é não se deixar parar por eles. ✅ Negócios sólidos crescem devagar e com consistência — igual um bom bolo, que não se faz com pressa. “Empreender é transformar sonhos em projetos e projetos em realidade. Não importa de onde você vem, mas sim pra onde você está disposto a ir.” — Cleusa Maria
O Brilho da Simplicidade: A História da Bombril

Como uma esponjinha de aço virou símbolo nacional e referência em branding por décadas Uma ideia simples, um problema comum Em 1948, o Brasil ainda era um país essencialmente rural, com hábitos simples e recursos escassos. Foi nesse cenário que Roberto Sampaio Ferreira, um jovem empreendedor, percebeu uma oportunidade onde ninguém via: ajudar as donas de casa a limparem panelas de alumínio com mais eficiência. Na época, produtos de limpeza eram caros, importados ou simplesmente ineficazes. A palha de aço já existia em alguns lugares do mundo, mas não era popular no Brasil. Roberto teve então uma ideia: lançar sua própria palha de aço, com produção nacional, baixo custo e qualidade superior. Nascia assim a Bombril, nome que vem da junção de “bom brilho”, exatamente o que o produto prometia entregar. O Início Simples de uma Grande Marca A fábrica, localizada em São Bernardo do Campo (SP), nasceu em um cenário ainda industrialmente modesto. Mas ali já pulsava uma ambição grande: criar um produto nacional que competisse com as palhas de aço importadas. Com máquinas simples, matéria-prima nacional e muito trabalho manual, os primeiros rolos da palha de aço começaram a ser produzidos. E o nome “Bombril”, uma junção de “bom brilho”, logo passou a representar mais do que apenas o produto — virou sinônimo de praticidade para as donas de casa brasileiras. A fábrica não era apenas um galpão de produção, mas o símbolo do espírito empreendedor brasileiro. Era ali que nasciam os testes, as primeiras embalagens, os ajustes de fórmula. Tudo isso com um foco: qualidade, baixo custo e identificação com o consumidor. Crescimento Acelerado e Liderança Absoluta Com um produto eficiente e barato, a marca rapidamente ganhou o coração das donas de casa. Na década de 1950, já era um sucesso. Mas foi nos anos 70 e 80 que a Bombril se transformou em fenômeno de marketing. A empresa inovou nas embalagens, nos comerciais e principalmente na forma de se comunicar com o consumidor. O grande trunfo da marca foi a criação de um garoto-propaganda icônico: Carlos Moreno, o “homem Bombril”. Carlos Moreno: O Vendedor que Entrou pra História Curiosidade Bônus A Bombril entrou para o Guinness Book com Carlos Moreno como o ator com mais tempo representando a mesma marca no mundo. Isso mostra o quanto a consistência e o relacionamento com o público foram cruciais para o sucesso da empresa.