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A historia do Flavio Augusto

O nome Flávio Augusto da Silva se tornou sinônimo de sucesso, coragem e mentalidade empreendedora no Brasil. Mais do que números, faturamento ou patrimônio, sua trajetória carrega uma mensagem poderosa: ninguém precisa aceitar viver dentro do sistema que foi imposto. Existe, sim, uma saída. Mas ela cobra um preço que poucos estão dispostos a pagar.

A história de Flávio Augusto não começa com empresas, investimentos ou riqueza. Começa como a de milhões de brasileiros: trabalhando para pagar as contas, lidando com transporte público lotado e a pressão de simplesmente sobreviver.

Da Periferia para o Mercado de Trabalho

Nascido e criado no subúrbio do Rio de Janeiro, Flávio cresceu em meio a limitações que milhões de brasileiros conhecem bem. Para chegar ao trabalho ou à faculdade, passava horas dentro de ônibus lotados, enfrentando longas viagens diárias.

Essa rotina pesada, de pouco conforto e muito cansaço, plantou nele uma inquietação: será que a vida era só isso? Estudar, pegar condução, trabalhar, pagar contas e esperar a aposentadoria? O incômodo foi o gatilho que fez Flávio começar a buscar alternativas.

A Decisão que Muda Qualquer Vida

Flavio Augusto percebeu cedo que o maior inimigo de quem nasce pobre não é o dinheiro. É o condicionamento mental. O sistema educacional, a cultura e até a própria família, sem querer, acabam empurrando a pessoa para uma vida pré-determinada.

Estudo, emprego, INSS, aposentadoria, morte. Esse é o ciclo tradicional e quem sai desse ciclo, costuma ser criticado, desacreditado ou até ridicularizado.

Ele entendeu que não bastava ser grato pela vida que tinha. Precisava também não se conformar com ela.

Gratidão e conformismo são coisas diferentes. A gratidão te mantém mentalmente saudável. O conformismo te aprisiona.

Foi quando ele decidiu dar um basta.

O Primeiro Negócio: A Venda Que Despertou um Empreendedor

O primeiro movimento concreto de Flávio como empreendedor começou de forma simples e despretensiosa. Ele possuía um relógio de calculadora, que na época era um item bastante cobiçado. Vendeu esse relógio, pegou o dinheiro, comprou outro, vendeu novamente e reinvestiu.

No começo, vendia para colegas de trabalho e vizinhos. Com o tempo, começou a pegar relógios consignados com fornecedores que passou a conhecer. O ciclo se repetia: vendia, lucrava, comprava mais. Chegou a vender mais de 150 relógios.

Essa experiência com vendas não apenas lhe deu dinheiro, mas, principalmente, acendeu a consciência de que existia uma rota de saída para quem estava disposto a fazer o que a maioria não queria.

A partir dali, Flávio entendeu um conceito que carregaria para o resto da vida:

Vendas é a habilidade que te dá liberdade.

Do subúrbio para o mercado de trabalho

Depois da fase dos relógios, veio seu primeiro emprego formal: vendedor de cursos de inglês na Microlins. Flávio Augusto se destacou logo de cara. Subiu de cargo, virou supervisor, depois gerente e mais tarde diretor.

Ali, aprendeu sobre liderança, sobre lidar com pessoas e sobre como o mercado funcionava. Enquanto muitos viam aquele emprego como o fim da linha, ele enxergava como um campo de treinamento.

O salário não era alto e a rotina era pesada. Eram horas dentro de ônibus lotados todos os dias. Mas, em vez de se conformar, ele usava o desconforto como combustível para pensar em alternativas.

Wise Up: O Negócio que Mudou Tudo

A historia do Flavio Augusto

Aos 23 anos, tomou a decisão mais ousada de sua vida até então. Pediu demissão e, sem dinheiro próprio — financiando 100% do negócio com cheque especial e limite bancário — fundou a Wise Up, uma escola de inglês voltada para adultos que precisavam aprender rápido.

O modelo foi inovador. Enquanto as escolas tradicionais prometiam inglês em cinco ou seis anos, a Wise Up prometia fluência em apenas 18 meses, focada no mundo dos negócios.

O que parecia ousadia beirando a irresponsabilidade se mostrou uma estratégia perfeita. A empresa cresceu rapidamente, virou franquia, dominou o mercado e, em 2013, foi vendida para o grupo Abril Educação por cerca de R$ 877 milhões.

Anos depois, quando a Abril enfrentou dificuldades, Flávio Augusto recomprou parte do negócio por menos de um terço do valor.

Orlando City: O Desafio de Empreender no Futebol Americano

Após vender a Wise Up, Flávio Augusto não apenas investiu em novos negócios, como resolveu se aventurar em uma indústria completamente diferente: o futebol.

Comprou o Orlando City Soccer Club, nos Estados Unidos, levando o time da segunda divisão para a primeira divisão da Major League Soccer (MLS). Transformou o clube em uma potência local, unindo esporte, marketing e gestão empresarial de forma nunca antes vista no futebol americano.

Coveiro: O Maior Ensinamento Sobre Resiliência

Se existe uma história que resume como Flávio Augusto enxerga a vida, os negócios e o empreendedorismo, é essa. E vale ser contada exatamente como ele contou:

Imagina o seguinte: o coveiro do cemitério. No começo, quando ele começa a trabalhar, ele vê uma cena de uma criança sendo enterrada. Ele vê a família inteira chorando: mãe se jogando no chão, pai desesperado, irmãos chorando, avó gritando. Aquilo, no começo, parte o coração dele.

Na primeira semana, ele sofre. Na décima vez, ele já fica emocionado, mas segura. Na quinquagésima vez, ele já sente menos. Depois de um ano, dois anos, aquilo se torna rotina. Ele não sente mais.

Isso não acontece porque ele virou uma pessoa fria, insensível ou sem coração. É porque ele precisou se proteger mentalmente, emocionalmente, para conseguir fazer o trabalho dele sem enlouquecer.

A vida de quem trabalha com vendas, empreendedorismo ou qualquer jornada fora do caminho comum é exatamente assim.

Todo dia você toma um não. Todo dia você leva uma porta na cara. Tem gente que te trai. Tem gente que te promete e não cumpre. Tem cliente que marca reunião e não aparece. Tem funcionário que te abraça hoje e amanhã te processa.

Se você não aprender a ‘enterrar’ esses episódios, se você não aprender a lidar com a frustração, você não sobrevive.

Eu aprendi a enterrar frustração como o coveiro enterra os mortos. Eu pego, jogo no passado e sigo em frente, sem olhar para trás. Porque se eu for carregar isso comigo, eu não levanto da cama no dia seguinte.”

Esse não é apenas um ensinamento sobre negócios. É um ensinamento sobre a vida.

Por que uns Avançam e Outros Ficam para Trás

A historia do Flavio Augusto

O que separa quem prospera de quem permanece na média não é talento, sorte ou QI. É a capacidade de:

Flávio costuma dizer que o desconforto da mudança é temporário. O desconforto de permanecer onde está… dura para sempre.

O Que Fica Disso Tudo

Flávio Augusto construiu muito mais do que empresas. Ele construiu uma filosofia de vida baseada na liberdade, no questionamento e na coragem. Sua história não é sobre alguém especial que teve sorte. É sobre alguém comum que decidiu fazer o que poucos fazem.

O mundo nunca será confortável para quem busca sair da manada. Mas é nesse desconforto que mora a única chance real de liberdade.

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Histórias de coragem e visão como a de Flávio Augusto não são únicas. O Brasil tem outros exemplos de empreendedores que transformaram dificuldades em grandes conquistas.

Essas histórias, junto com a de Flávio Augusto, mostram que empreender no Brasil não é para quem busca facilidades. É para quem acredita que sempre existe um caminho — mesmo quando ele ainda não está desenhado.

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